"Tenha em mente que tudo que você aprende na escola é trabalho de muitas gerações. Receba essa herança, honre-a, acrescente a ela e, um dia, fielmente, deposite-a nas mãos de seus filhos." (Albert Einstein)

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sábado, 29 de agosto de 2009

ANÁLISEDAOBRA: Boca de Chafariz


BOCA DE CHAFARIZ, de Rui Mourão
Boca de Chafariz, de Rui Mourão, foi publicado em 1991, onde o autor conta uma história fantasticamente mineira: imagina Ouro Preto sendo destruída por um avassalador temporal e onde figuras que se relacionam com sua história voltam para salvá-la. Misturam-se surrealisticamente Aleijadinho e Rodrigo Mello Franco, Tiradentes e Aloísio Magalhães, os inconfidentes, Guignard, Tarquínio de Oliveira, Edson Mota, Jair Inácio e muitas outras personagens vivas e mortas numa miscelânia da história.

Portanto, é uma narrativa histórica que constrói-se na confluência entre o ficcional e o histórico. Boca de chafariz revela-nos saborosas outridades: as personagens históricas de Ouro Preto da Inconfidência atuam noutra situação histórica, de 1979, ano em que a cidade foi castigada por uma enchente. Nessa versão, as personagens de Mourão assumem a “persona" de seus personagens históricos para, conhecendo-os interiormente, figurar-lhes a essencial humanidade.

A tensão entre o passado e o presente, um dos eixos geradores da obra, é apresentada desde o início do livro.
Baseando-se em um fato real, como já visto, fartamente noticiado pela mídia, o autor se aproveita para construir a sua versão da história ouropretana, a partir de uma perspectiva múltipla que faz aflorar tanto a necessidade de preservação da cidade-monumento, quanto a sintonia com a vida do cidadão comum que a habita. O livro utiliza-se das notícias de jornais para alicerçar sua narrativa, em que a catástrofe pluvial que se constituiu em ameaça de morte para Ouro Preto estende sua ameaça a vários outros aspectos, relativos à ordem cultural e social da cidade. Os estragos causados pelas chuvas e noticiados pelos jornais da época, ao participarem do relato romanesco como base de sua construção, tornam-se bastante próximos aos monumentos e marcas históricas que fizeram de Ouro Preto Patrimônio Cultural da Humanidade, na medida em que destacam a possibilidade de sua ruína. No caso, um patrimônio em risco e que necessita de defensores, necessidade que os narradores em primeira e terceira pessoa que se pronunciam em Boca de chafariz tentam suprir. Esses narradores, ao superarem as fronteiras que separam fictício, imaginário e realidade, permitem que se caracterize o referencial a que se remetem, sem se deixarem determinar por ele.

A estrutura do romance parece bem de acordo com a aventada transgressão, quando se divide em capítulos enunciados alternadamente por narradores em primeira pessoa e pelo narrador em terceira pessoa que canaliza a voz de seu autor implícito. Falam no romance, em primeira pessoa, narrando a sua versão da história construída a partir de Ouro Preto, personagens da história mineira como Aleijadinho, considerado o maior artista colonial brasileiro com suas esculturas e trabalhos arquitetônicos mundialmente reconhecidos; Tiradentes, partícipe da Inconfidência Mineira, elevado a herói nacional e figura emblemática do processo de independência do Brasil face a Portugal; Antônio Dias, bandeirante paulista que iniciou a ocupação/construção da cidade; Luís da Cunha Menezes, capitão-general e governador da Capitania de Minas Gerais, conhecido por seus desmandos administrativos e figura central de uma obra satírica, Cartas Chilenas, da autoria de Tomás Antônio Gonzaga, poeta e participante da Inconfidência Mineira e outros. (Os nomes em vermelho acima, são os personagens do livro que narram a sua versão, em primeira pessoa, da história).

A essas vozes (dos personagens citados acima) junta-se a de um narrador em terceira pessoa que ora se refere aos governantes da década de 1970 – o Ministro da Educação e Cultura; o presidente da Embratur; os dirigentes do Patrimônio Histórico Nacional e do Departamento Nacional de Estradas e Rodagens; ora à população atual da cidade - Bené da Flauta, artesão, poeta e músico; Jair Afonso Inácio, restaurador; um estudante da Escola de Minas e de Metalurgia, Napoleão Gustavo de Souto, o Cupica; ora a figuras que atuaram em diversos níveis na cidade, como Claude-Henri Gorceix, francês que em finais do século XIX foi convidado a instalar a Escola de Minas e de Metalurgia; Tarquínio J. B. de Oliveira, historiador paulista que se dedica à história de Ouro Preto.

Por meio dessa estratégia textual, Boca de chafariz conduz o leitor a reconsiderar, na estreita encruzilhada em que se encontram história e ficção, a inserção do mito na realidade vivenciada por habitantes de espaços que se destinam a preservar a memória do país. (...)

O elemento água, desde o título (chafariz: obra de alvenaria, com uma ou mais bicas, por onde corre água, para utilidade pública), perpassa o motivo principal do enredo e desenlace da narrativa. (...)

A estrutura do livro imita a estrutura da cidade em seu movimento de construção. A composição de seus capítulos remete o leitor às injunções políticas que contribuíram para as modificações sofridas pelo berço de ouro que despertou a cobiça da metrópole e também possibilitou ao Brasil adquirir forças para constituir-se em nação.

Aleijadinho, artista maior do estilo barroco (perceber que o livro se enquadra no estilo Barroco) que a Colônia instalou nos trópicos, aparece no romance a partir de sua primeira obra, o chafariz que dá origem ao título do livro e que será objeto da pesquisa feita pelo historiador e também personagem Tarquínio J. B. de Oliveira. Pela análise arqueológica da peça, o historiador entrevê a possibilidade de haver envolvimento entre a Inconfidência Mineira e o movimento maçônico, o que traria nova interpretação ao episódio e seria a mais importante descoberta da área. (...) Nesse sentido, a personagem Aleijadinho pode ser tomada também como representativa da tensão do corpo-cidade ameaçado de desfiguração e desaparecimento, tensão que o romance focaliza e que faz levantar as várias vozes que nele se pronunciam em sua defesa. Aleijadinho, quando já acometido pela doença (lepra) que o maltratava, reconhece a enorme dificuldade de sobreviver como mestiço numa sociedade escravocrata e colonial. O aspecto pode ser inferido pelas figuras de feição grosseira e atormentada das imagens por ele esculpidas para igrejas, capelas e adros de cidades mineiras (figuras de feição grosseira é uma das características da pintura e escultura barrocas, já que expressam os conflitos que o ser humano enfrentava na época) . Mas será delineado explicitamente em trechos narrativos que longamente discorrem sobre os sofrimentos do artista, como os que aparecem na citação que se segue, retirada de um dos três capítulos que o romance lhe destina: "Eu pude sofrer no meu canto, como talvez ninguém sofreu no mundo, o drama de não ter sido apenas um homem – de ter sido acima de tudo uma contradição autodestrutiva. (...) É possível a um mulato sair do seu canto sem problemas, num ambiente dominado pela escravidão? Preciso reconhecer em definitivo esse fato e não continuar insistindo na tentativa até ridícula de querer convencer a mim mesmo de que houve um tempo em que não tive consciência da minha origem de senzala. (...) Renunciei à antiga entusiasmada disposição para a conquista dos espaços à minha frente, compreendi afinal que a realidade tinha múltiplos compartimentos e a nossa limitação para percorrê-los já vinha estabelecida a partir do berço. (...) Via com desgosto que, na minha juventude, fora do círculo de meu pai, só tive bom acolhimento no meio artístico por parte de mulatos, como os músicos. Na irmandade dos pardos é que de fato existia ambiente para mim."(p. 195-196-197-198)

A Aleijadinho o romance alia a figura de Bené da Flauta. Artesão contemporâneo, Bené vende seus trabalhos a turistas na Praça Tiradentes, ao mesmo tempo em que executa músicas de sua autoria para atrair fregueses. O narrador a ele se refere como: "Poeta permanente, músico e compositor nos momentos de folga, principalmente escultor popular e mais principalmente ainda bêbado vinte e quatro horas por dia, Benedito Pereira da Silva, Bené da Flauta, ou apenas Bené, viu o mundo no município de Barra Longa. Mas a sua história era toda ouro-pretana." (p. 101)

Necessário é ressaltar que os capítulos sobre Bené sucedem-se aos de Aleijadinho. Figura com que se fecha o romance, Bené arma, também em pedra sabão, como seu genial antecessor, a seguinte frase: OURO PRETO PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE. Por sua simplicidade, a peça contrapõe-se à famosa obra de Aleijadinho. Como se pode notar, tal estratégia narrativa põe em jogo a questão do julgamento de valor, tanto no campo artístico, quanto no social e humano. Ao focalizar preferencialmente o lado humano, carente e problemático de Antônio Francisco Lisboa, que no livro suplanta a figura do célebre Aleijadinho, e dedicar-lhe a mesma simpatia com que se refere a Bené, o romance permite abonar o encaminhamento da reflexão que venho desenvolvendo. Aproximando as duas figuras, o livro suscita indagações variadas: o valor do artesanato em confronto com a arte maior; a sobrevivência/convivência do cotidiano de uma cidadezinha do interior mineiro face a sua eleição como Patrimônio Cultural da Humanidade; o lugar social do elemento mestiço diante da hegemonia do europeu, entre outras. (...)

Em Boca de chafariz interagem e atualizam-se a arquitetura da cidade e o elemento humano, recriador e herdeiro daquela e que lhe confere diferentes significados em cada um de seus momentos.
Fonte parcial: Maria do Carmo Lanna Figueiredo, Daniel Gouvêa (PUC-Minas)


ANALISEDAOBRA: Marília de Dirceu


MARÍLIA DE DIRCEU, de Tomás Antônio Gonzaga


É a lírica amorosa mais popular da literatura de língua portuguesa. Segundo o autor do prefácio da obra (Lisboa - 1957), Rodrigues Lapa, não é a persistência dos elementos tradicionais da poesia, mais ou menos pessoalmente elaborados, que nos dão definitivamente o seu estilo. Este consiste sobretudo nas novidades sentimentais e concepcionais que trouxe para uma literatura, derrancada no esforço de remoer sem cessar a antiguidade. Um amor sincero, na idade em que o homem sente fugir-lhe o ardor da mocidade, e uma prisão injusta e brutal - foram estas duas experiências que fizeram desferir à lira de Dirceu acentos novos. Estamos ainda convencidos de que o clima americano, mais arejado e mais forte, contribuiu poderosamente para a revelação desse estilo, em que se sentem já nitidamente os primeiros rebates do romantismo e a impressão iniludível das idéias do tempo.

"Dividido em liras que a partir da publicação do poema em livro, em 1792, foram declamadas, musicadas e cantadas em serestas e saraus pelo Brasil afora. Referindo-se à lira III da parte III, Manuel Bandeira escreveu : "Nessa lira esqueceu o Poeta a paisagem e a vida européia, os pastores, os vinhos, o azeite e as brancas ovelhinhas, esqueceu o travesso deus Cupido, e a sua poesia reflete com formosura a natureza e o ambiente social brasileiro, expressos nos termos da terra com um fino gosto que não tiveram seus precursores".

Existem três fatores básicos que contribuíram para a individualidade poética de Gonzaga: o romance com a menina Maria Dorotéia; a prisão injusta e brutal, como inconfidente; e a magia da natureza e do clima tropical.

A obra se divide em duas partes (há uma terceira, cuja autenticidade é contestada por alguns críticos):

Na 1ª parte estão os poemas escritos na época anterior à prisão do autor. Nela predominam as composições convencionais, as características arcádicas: o pastor Dirceu celebra a beleza de Marília em pequenas odes anacreônticas. Em algumas liras, entretanto, as convenções mal disfarçam a confissão amorosa do amor: a ansiedade de um quarentão apaixonado por uma adolescente; a necessidade de mostrar que não é um qualquer e que merece sua amada; os projetos de uma sossegada vida futura, rodeado de filhos e bem cuidado por suas mulher etc. Nesta 1ª parte das liras o autor denota preferência pelo verso leve, tratado com facilidade.

Já a 2ª parte (e a terceira, se autêntica), foi escrita na prisão da ilha das Cobras, e os poemas exprimem a solidão de Dirceu, saudoso de Marília. Encontramos aí a melhor poesia de Gonzaga. Entende-se aqui que as características pré-românticas se fazem sentir mais agudamente. O sentimento da injustiça, da solidão, da saudade de Marília, o temor do futuro e a perspectiva da morte rompem constantemente o equilíbrio clássico. As convenções, embora ainda presentes, não sustentam o equilíbrio neoclássico. O tom confessional e o pessimismo prenunciam o emocionalismo romântico. Nesta 2ª parte das liras, há o emprego do verbo no passado: o poeta vive de lembranças e recordações passadas.

Em Marília de Dirceu, há a refinada simplicidade neoclássica: uma dicção aparentemente direta e espontânea, cheia de imagens graciosas e de alegorias mitológicas; um ritmo agradável, suavizado pelos versos curtos, pela alternância de decassílabos e hexassílabos, pelo uso do refrão e dos versos brancos.

Uma leitura atenta do fragmento transcrito permite-nos identificar algumas constantes das Liras:
1. Pastoralismo — bucolismo: na exaltação da vida pastoril, campestre; no entendimento de que a felicidade e a beleza decorrem da vida no campo. É da convenção arcádica o poeta identificar-se artisticamente como pastor e identificar sua musa como pastora. Observe estas palavras: “vaqueiro", “gado”, “ovelhinhas”, “fonte", “pastores”, “monte”, “cajado”.
2. Otimismo — narcisismo: no estribilho, o poeta manifesta-se satisfeito com o próprio destino: “Graças, Marília bela, / Graças à minha estrela”. É evidente o propósito de auto-valorização (narcisismo): nos versos 11 e 12; na afirmação da juventude: nos versos 13 e 14; na alusão à virilidade; e na exaltação da sensibilidade artística: nos versos 15 e 16.
3. Ideal burguês de vida: na afirmação da condição de proprietário, no orgulho pela posse da terra (versos de 5 a 8), apóia-se o poeta para expressar a consciência de superioridade sobre “o vaqueiro que viva de guardar alheio gado”, que o poeta deprecia (versos 3 e 4). Observa-se esse ideal também no verso 19:

Que prazer não terão os pais ao verem
Com as mães um dos filhos abraçados;
Jogar outros a luta, outros correrem
Nos cordeiros montados!
Que estado de ventura!

4. Simplicidade: observe o predomínio da ordem direta da frase e a clareza da expressão, sem muitas figuras de linguagem, próxima do ritmo da prosa.
5. Os dois textos revelam a vertente mais convencional da poesia de Gonzaga: a aproximação com o estilo rococó, marcado pela graça, leveza e frivolidade, pelos idílios campestres, pela natureza delicada e aprazível (locus amoenus). Observe os metros curtos, melódicos que emolduram a suavidade do quadro descrito, como os movimentos sutis de um minueto, dançado na Corte de Luís XV, na época de ouro do Rococó.
6. Mas, em alguns momentos, avulta o realismo descritivo, captando a rusticidade da paisagem e da vida da Colônia. Exemplo marcante é o fragmento que segue. Observe as referências à mineração e à agricultura:

IV
Tu não verás, Marília, cem cativos
tirarem o cascalho e a rica terra,
ou dos cercos dos rios caudalosos,
ou da minada serra.
Não verás separar ao hábil negro
do pesado esmeril a grossa areia,
e já brilharem os granetes de oirono fundo da batéia.
Não verás derrubar os virgens matos,
queimar as capoeiras inda novas,
servir de adubo à terra a fértil cinza,
lançar os grãos nas covas.
Não verás enrolar negros pacotes
das secas folhas do cheiroso fumo;
nem espremer entre as dentadas rodas
da doce cana o sumo.
(...)

7. O texto V, dos mais belos das liras, manifesta a atitude clássica, o carpe diem (= “aproveita o dia”). Na primeira estrofe, o poeta expressa a consciência da fugacidade do tempo. Na estrofe seguinte, propõe à Marília a fruição dos prazeres da vida, antes que o tempo fizesse o estrago de “roubar ao corpo [do poeta] as forças, e ao semblante [de Marília], a graça.
8. Nas liras escritas no cárcere, predomina o lirismo lamuriento, pré-romântico, mas submetido ainda à disciplina e sobriedade neoclássicas. Nas últimas liras, nota-se que, ainda quando nem os céus acudiam o poeta em suas atribulações, a expressão de suas dores é contida:

VI
Porém se os justos céus, por fins ocultos,
em tão tirano mal me não socorrem,
verás então que os sábios,
bem como vivem, morrem.
Eu tenho um coração maior que o mundo,
tu, formosa Marília, bem o sabes:
um coração, e basta,
onde tu mesma cabes.

9. As contradições também ocorrem: ora Dirceu se diz pastor, ora se diz magistrado; Marília é muitas vezes pretexto para o exercício poético de Gonzaga e seus traços variam:Aqui Marília tem cabelos pretos:

VII
(...)
Os seus compridos cabelos,
que sobre as costas ondeiam,
são que os de ApoIo mais belos,
mas de loura cor não são.
Têm a cor da negra noite, e com o branco do rosto
fazem, Marília, um composto
da mais formosa união.
(...)
Aqui tem cabelos loiros:
Na lira 64, Gonzaga refere-se a Tiradentes depreciativamente. Parece que as expressões ofensivas com que se dirige ao alferes foram ditadas pelo propósito de minimizar seu comprometimento na Inconfidência, já que o processo ainda estava em curso. É o que argumentam os admiradores do poeta, na tentativa de “salvá­lo” como vulto histórico e inconfidente.

IX
Ama a gente assisada (1) (1) ajuizada
a honra, a vida, o cabedal tão pouco,
que ponha uma ação destas (2)(2) a Inconfidêncianas
mãos dum pobre, sem respeito e louco? (3) (3) Tiradentes
E quando a comissão lhe confiasse,
não tinha pobre soma,
que por paga ou esmola lhe mandasse?

LIVROS PAES/2009

PAES - 1ª etapa
Marília de Dirceu de Tomás Antônio Gonzaga.
Boca de Chafariz, de Rui Mourão. Editora UFMG.
Cartas Chilenas, de Tomás Antônio Gonzaga.
O pagador de Promessas, de Dias Gomes.

PAES - 2ª etapa
Iaiá Garcia, de Machado de Assis.
Navio Negreiro e outros poemas, de Castro Alves.
Luzia-Homem, de Domingos Olímpio.
O Demônio familiar, de José de Alencar.

PAES - 3ª etapa - Vestibular 01 e 02/2010
Paraísos artificiais, de Paulo Henriques Britto. Ed. Companhia das Letras.
Sagarana, de Guimarães Rosa.
Cobra Norato, de Raul Bopp.
Crônica da casa assassinada, de Lúcio Cardoso.
Por trás dos vidros, Modesto Carone. Ed. Campanhia das Letras.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Você já decidiu qual profissão seguir?

Se você ainda tem dúvidas de qual profissão seguir, que tal fazer um teste vocacional? Entre no seguinte site e faça o teste. Acho que vocês irão gostar. Eu fiz. Aprovei.


http://guiadoestudante.abril.com.br/profissoes/testes/interna.shtml?quemsou&1


Seja sincero ao responder às perguntas.

Até breve!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Pessoal, essa foto é de duas colegas da escola. Mara, minha colega de área, Português (minha amiga de fé, minha irmã camarada) e Vânia, História (...aquela que me emprestou o livro de Monteiro Lobato, O presidente negro). Bjos pra elas.

LEIAOLIVRO



Oi, pessoal!!! Semana passada, Vânia, uma colega da escola, fez questão de me emprestar um livro de MONTEIRO LOBATO. Aliás, o único romance desse autor. Fiquei bem curiosa... Afinal o título do livro é bem sugestivo nos dias de hoje: O PRESIDENTE NEGRO. Lembraram de alguém? Claro. Barack Obama. Isso mesmo. Será o personagem de Lobato, o Jim Roy, o Barack Obama de nossos tempos? Ainda não terminei de ler o livro, que por sinal é super interessante e difícil de largar. A seguir, alguns comentários sobre o livro:

O livro é "Assustador em vários sentidos. Primeiro pelo caráter premonitório da obra. Em 1926, Lobato prevê a invenção de um tipo de radiotransmissão de dados que possibilitaria o ser humano a cumprir suas tarefas da própria casa e sem a necessidade de se deslocar para o trabalho. Fala também do desaparecimento do jornal impresso porque as notícias serão “radiadas” diretamente para a casa dos indivíduos e aparecerão em caracteres luminosos numa tela – exatamente como acontece com quem está lendo esse texto. Em uma palavra atual: internet."

Mas as premonições não param por aí.

"Às vésperas de viajar para os Estados Unidos como adido comercial da embaixada brasileira, Monteiro Lobato preconiza a eleição de um presidente negro nos EUA. O momento político (no ano de 2228) que possibilitaria isso viria da divisão da raça branca, entre um candidato do Partido Masculino (Kerlog) e uma candidata do Partido Feminino (Evelyn Astor). A neofeminista Evelyn Astor está com a vitória praticamente garantida e eis que surge o líder negro Jim Roy, que acaba eleito presidente.Uma assustadora semelhança entre o que acontece hoje nas eleições ianques. Será Barack Obama o Jim Roy de Lobato?

A obra é ainda mais assustadora por causa de uma eloqüente defesa da eugenia. O sensível criador da boneca Emília faz uma argumentação extensa, na boca de vários personagens, das vantagens de leis que eliminem da sociedade surdos, mudos, deficientes, tarados, ladrões prostitutas e toda sorte de aleijados físicos e morais. Uma purificação racial levada às últimas conseqüências.

A defesa da eugenia é tão efusiva e, em alguns momentos, despropositada que sugere fortemente ser um ideal não dos personagens mas, sim, do autor. Terá sido Monteiro Lobato um nazi-fascista?" (Marcos Bahé)

De qualquer forma, é um livro de leitura atualíssima. Recomendo muitíssimo. E quando eu terminar de ler, deixo meu ponto de vista sobre o livro, viu?

ENGLISH: 11 FRASES EM INGLÊS SOBRE FESTAS

Oi, galerinha! Hoje o assunto é festa, vamos ver expressões e construções sobre um tema que nunca sai de moda e que pode ser motivo de horas de conversa em qualquer lugar. Confiram:


1. Have/throw/give a party: Fazer/dar uma festa
Ex: They´re going to have a party. (Eles vão fazer uma festa.)

2. Costume party: Festa a fantasia
Ex: There was a costume party at the school. (Teve uma festa a fantasia na escola.)

3. Farewell party: Festa de despedida
Ex: It looks like a farewell party. (Isso se parece com uma festa de despedida.)

4. Welcome party: Festa de boas vindas
Ex: They´re talking about a welcome party. (Eles estão falando de uma festa de boas vindas.)

5. Stag party/bachelor party: Festa de despedida de solteiro
Ex: All of them came to the stag party. (Todos eles vieram na festa de despedida de solteiro.)

6. Hen party: Festa de despedida de solteira
Ex: Did you ever get invited to a hen party? (Você já foi convidada para uma festa de despedida de solteira?)

7. Birthday party: Festa de aniversário
Ex: I have a birthday party to go to. (Eu tenho uma festa de aniversário para ir.)

8. Surprise party: Festa surpresa
Ex: When is this suprise party going to be? (Quando vai ser esta festa surpresa?)

9. Fashionable party: Festa chique
Ex: They told me it was a very fashionable party. (Me disseram que foi uma festa muito chique.)

10. Wild party: Festa de arromba
Ex: They threw a wild party. (Eles deram uma festa de arromba.)

11. Halloween party: Festa de Halloween
Ex: They met at that Halloween party. (Eles se conheceram naquela festa de Halloween.)

ALL THE BEST!!!
Fonte: English Experts

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

ANÁLISEDAOBRA: Iaiá Garcia

Iaiá Garcia, Machado de Assis
Indico a seguir a análise e resumo da obra de Machado, Iaiá Garcia, para vocês, meus alunos queridos. Leiam com atenção, mas não deixem de ler o livro na íntegra. Afinal, as impressões de vocês são mais importantes que as de outrem.

EDUCAÇÃO: Você já faltou ao trabalho por problemas na voz?


Por ano, os professores da educação básica do país faltam cinco dias às aulas, apenas por causa de problemas na voz. Nas demais profissões, a média de ausência não chega a um dia. A conclusão está em um levantamento nacional, com 3.265 pessoas, feito pelo Centro de Estudos da Voz, pelo Sinpro-SP (sindicato dos professores da rede particular) e pela Universidade de Utah (EUA).

Segundo as autoras da pesquisa, apesar de a docência naturalmente exigir mais da voz do que a maioria das atividades, a diferença está muito acentuada --e poderia diminuir, com medidas tanto dos professores quanto dos colégios.

Entre as medidas, Mara Behlau, coordenadora do estudo, sugere a aquisição de microfones para os professores e melhorias acústicas das salas de aula.

*As informações são da Folha de S. Paulo

MINHA OPINIÃO: É realmente verdadeiro o artigo acima. A voz , instrumento fundamental para exercer a função de professor (apesar de termos professores especiais em algumas escolas que utilizam, sem a voz, outros recursos de comunicação), sofre diariamente o desgaste pelo uso incensante e necessário. E esse problema se potencializa quando precisamos elevar a voz para se fazer ouvir dentro de uma sala lotada e repleta de alunos indisciplinados. Muitas vezes, penso, que o professor aumenta o tom de voz na esperança que o som chegue até aquele aluno desinteressado. Somos obrigados a trabalhar o dia inteiro, dez horários geralmente, usando a voz em cada sala, repetindo conteúdos ininterruptamente... Quando chegaremos ao patamar sugerido acima: microfones para os professores e salas de aula acusticamente preparadas?
"Reformemos as nossas escolas, e não teremos que reformar grande coisa nas nossas prisões." [ John Ruskin ]

domingo, 23 de agosto de 2009

Quem Inventou o Alfabeto?


As primeiras escritas


A escrita surgiu, aproximadamente, em 4000 a.C. Já as origens do alfabeto são bem mais recentes: vestígios encontrados em 1990 indicam que as primeiras letras foram criadas em 2000 a.C.

Ideogramas e hieróglifos


Pode parecer incrível, mas os historiadores acreditam que a escrita foi inventada quatro vezes, quase que simultaneamente! Por volta de 4000 a.C., China, Egito, Mesopotâmia e povos da América Central começaram a desenvolver os primeiros sistemas para registrar a comunicação. Nada de letras, sílabas ou palavras. Apenas desenhos. Naquela época, se alguém quisesse escrever "boi", provavelmente desenharia uma cabeça de boi em um tijolo de barro ou em um pedaço de cerâmica. Por isso, esses sistemas foram chamados pictóricos ou ideográficos. Um exemplo muito conhecido desse tipo de escrita é o hieróglifo egípcio.

Vestígios antigos

As mais antigas inscrições descobertas até hoje datam de 3300 a.C. Localizadas em Uruk, região do sul do Iraque, são formadas por uma sucessão de sinais em forma de cunha – por isso foram chamadas cuneiformes. Esse tipo de escrita se espalhou pelo Oriente Próximo, registrando não apenas a língua dos sumérios – primeiro povo a habitar a região –, mas também a dos semitas, dos assírios e dos babilônios. Com o passar dos séculos, esses símbolos, que antes representavam objetos, foram se tornando mais e mais abstratos e passaram a representar sílabas ou o som predominante do nome do objeto. Era o início de uma nova fase da escrita humana.

LINGUAGEM: Vivendo e aprendendo.


Gente, essa é Anne. Minha sobrinha mais velha. Linda, né? Então... Hoje aprendi mais uma gíria com ela: rosa-chiclete. Muito engraçada essa!!! Pode ser empregada assim: "Puxa, fiquei rosa-chiclete!!"
Adorei!! E como gosto de abalar, vou empregá-la agora no meu vocabulário. Uma forma de aproximar a galerinha da escola e causar impacto... rsrs


Todos os dias se aprende algo novo.

A PRISÃO DE CADA UM by Martha Medeiros

O psiquiatra Paulo Rebelato, em entrevista para a revista gaúcha Red 32, disse que o máximo de liberdade que o ser humano pode aspirar é escolher a prisão na qual quer viver. Pode-se aceitar esta verdade com pessimismo ou otimismo, mas é impossível refutá-la. A liberdade é uma abstração.
Liberdade não é uma calça velha, azul e desbotada, e sim, nudez total, nenhum comportamento para vestir. No entanto, a sociedade não nos deixa sair à rua sem um crachá de identificação pendurado no pescoço. Diga-me qual é a sua tribo e eu lhe direi qual é a sua clausura.
São cativeiros bem mais agradáveis do que o Carandiru: podemos pegar sol, ler livros, receber amigos, comer bons pratos, ouvir música, ou seja, uma cadeia à moda Luis Estevão, só que temos que advogar em causa própria e hábeas corpus, nem pensar.
O casamento pode ser uma prisão. E a maternidade, a pena máxima. Um emprego que rende um gordo salário trancafia você, o impede de chutar o balde e arriscar novos vôos. O mesmo se pode dizer de um cargo de chefia. Tudo que lhe dá segurança ao mesmo tempo lhe escraviza. Viver sem laços igualmente pode nos reter.
Uma vida mundana, sem dependentes para sustentar, o céu como limite: prisão também. Você se condena a passar o resto da vida sem experimentar a delícia de uma vida amorosa estável, o conforto de um endereço certo e a imortalidade alcançada através de um filho. Se nem a estabilidade e a instabilidade nos tornam livres, aceitemos que poder escolher a própria prisão já é, em si, uma vitória. Nós é que decidimos quando seremos capturados e para onde seremos levados. É uma opção consciente.
Não nos obrigaram a nada, não nos trancafiaram num sanatório ou num presídio real, entre quatro paredes. Nosso crime é estar vivo e nossa sentença é branda, visto que outros, ao cometerem o mesmo crime que nós nascer foram trancafiados em lugares chamados analfabetismo, miséria e exclusão.
Brindemos: temos todos, cela especial.

ADOROFILME



O CURIOSO CASO DE BENJAMIM BUTTON


Sinopse: Nova Orleans, 1918. Benjamin Button (Brad Pitt) nasceu de forma incomum, com a aparência e doenças de uma pessoa em torno dos oitenta anos mesmo sendo um bebê. Ao invés de envelhecer com o passar do tempo, Button rejuvenesce. Quando ainda criança ele conhece Daisy (Cate Blanchett), da mesma idade que ele, por quem se apaixona. É preciso esperar que Daisy cresça, tornando-se uma mulher, e que Benjamin rejuvenesça para que, quando tiverem idades parecidas, possam enfim se envolver.


Minha opinião: Esse filme é realmente empolgante. Brad Pitt e Cate Blanchett, dois atores que eu simplesmente adoro. E Brad está completamente diferente quando velho. Vale a pena assistir. É um filme demorado, mas super envolvente. Você nem vê o tempo passar. No momento, um dos melhores filmes que já assisti.

ADOROFILME




O POETA







Sinopse: No início da Segunda Guerra Mundial, Rachel, filha de um rabino, e Oskar, um desiludido soldado alemão, se apaixonam e são separados pela guerra. Oskar é aconselhado por sua mãe, Marlene, a resistir ao comprometimento que seu pai, o General Koening, tem com a guerra e com o seu país. Ela implora para que ele encontre Rachel a qualquer custo. Grávida e conformada com o fato de que nunca mais ficará com Oskar, Rachel casa-se com o honrado Bernard, um sábio homem que está se escondendo dos nazistas. Depois de uma perigosa jornada, o reencontro de Rachel e Oskar na temível linha de frente russa terá consequências irreversíveis...



Minha opinião: O filme realmente é lindo. Tem uma fotografia envolvente e trata de assuntos como judaísmo, segunda guerra mundial e nazismo. Embora seja um filme que tenha como pano de fundo a guerra, não tem ação. É um drama com narrativa lenta. Se não for seu estilo, nem passe perto. Eu adorei e recomendo.

Meu email para contato

Caros, amigos, se quiserem conversar comigo ou deixar sugestões ou críticas sobre o blog e ainda pedir dicas de português e inglês, vocês podem enviar um email para o seguinte endereço: prof.elisantiago@hotmail.com

Nós na balada...

Eu, Roberta e Lana... professoras em momento light. Show de Victor & Léo... rsrsrs

Agradecimento



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