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Oi, pessoal!!! Semana passada, Vânia, uma colega da escola, fez questão de me emprestar um livro de MONTEIRO LOBATO. Aliás, o único romance desse autor. Fiquei bem curiosa... Afinal o título do livro é bem sugestivo nos dias de hoje: O PRESIDENTE NEGRO. Lembraram de alguém? Claro. Barack Obama. Isso mesmo. Será o personagem de Lobato, o Jim Roy, o Barack Obama de nossos tempos? Ainda não terminei de ler o livro, que por sinal é super interessante e difícil de largar. A seguir, alguns comentários sobre o livro:
O livro é "Assustador em vários sentidos. Primeiro pelo caráter premonitório da obra. Em 1926, Lobato prevê a invenção de um tipo de radiotransmissão de dados que possibilitaria o ser humano a cumprir suas tarefas da própria casa e sem a necessidade de se deslocar para o trabalho. Fala também do desaparecimento do jornal impresso porque as notícias serão “radiadas” diretamente para a casa dos indivíduos e aparecerão em caracteres luminosos numa tela – exatamente como acontece com quem está lendo esse texto. Em uma palavra atual: internet."
Mas as premonições não param por aí.
"Às vésperas de viajar para os Estados Unidos como adido comercial da embaixada brasileira, Monteiro Lobato preconiza a eleição de um presidente negro nos EUA. O momento político (no ano de 2228) que possibilitaria isso viria da divisão da raça branca, entre um candidato do Partido Masculino (Kerlog) e uma candidata do Partido Feminino (Evelyn Astor). A neofeminista Evelyn Astor está com a vitória praticamente garantida e eis que surge o líder negro Jim Roy, que acaba eleito presidente.Uma assustadora semelhança entre o que acontece hoje nas eleições ianques. Será Barack Obama o Jim Roy de Lobato?
A obra é ainda mais assustadora por causa de uma eloqüente defesa da eugenia. O sensível criador da boneca Emília faz uma argumentação extensa, na boca de vários personagens, das vantagens de leis que eliminem da sociedade surdos, mudos, deficientes, tarados, ladrões prostitutas e toda sorte de aleijados físicos e morais. Uma purificação racial levada às últimas conseqüências.
A defesa da eugenia é tão efusiva e, em alguns momentos, despropositada que sugere fortemente ser um ideal não dos personagens mas, sim, do autor. Terá sido Monteiro Lobato um nazi-fascista?" (Marcos Bahé)
De qualquer forma, é um livro de leitura atualíssima. Recomendo muitíssimo. E quando eu terminar de ler, deixo meu ponto de vista sobre o livro, viu?
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