"Tenha em mente que tudo que você aprende na escola é trabalho de muitas gerações. Receba essa herança, honre-a, acrescente a ela e, um dia, fielmente, deposite-a nas mãos de seus filhos." (Albert Einstein)

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sábado, 17 de abril de 2010

A MULTIPLICAÇÃO DAS PALAVRAS



Os vocábulos estrangeiros se incorporam ao português 
numa velocidade assombrosa, enriquecem a língua 
e levantam a discussão sobre adaptar ou não sua grafia


No sábado 10 (acho que 10/04/2010), o programa de TV Caldeirão do Huck exibiu a etapa final de um de seus quadros fixos, o Soletrando. Nele, estudantes de 5ª a 8ª série devem provar seus conhecimentos da língua portuguesa ao soletrar palavras sorteadas. O vencedor leva 100 000 reais. O estudante mineiro Daniel Coutinho, de 13 anos, perdeu o prêmio por pouco. Atrapalhou-se ao soletrar a palavra kirsch, nome de um tipo de aguardente à base de frutas. O termo é alemão, mas, por encontrar-se difundido entre os apreciadores de bebidas no Brasil, figura como verbete no Aurélio,dicionário da língua portuguesa que serve de base para a competição. O episódio ilustra uma mudança profunda ocorrida nos últimos tempos na forma de incorporação de palavras estrangeiras ao português falado no Brasil. Antes, os vocábulos estrangeiros só eram dicionarizados depois de ter seu uso consagrado entre os brasileiros por pelo menos uma década. Hoje, a população adota uma quantidade crescente de palavras estrangeiras – e os dicionários correm para transformá-las em verbetes, sob o risco de se tornarem obsoletos. Diz Valéria Zelik, editora do Aurélio: "O idioma já teve mais tempo para adquirir novas lexias. Atualmente, a velocidade das informações vindas de diversas áreas do conhecimento é algo impressionante, e elas trazem novos vocábulos".
Para se ter uma ideia da agilidade desse processo de transformação da língua, os editores dos dicionários Aurélio, Houaiss e Larousse usam um programa de computador desenvolvido para pesquisar continuamente palavras estrangeiras que aparecem nos jornais, revistas e sites brasileiros. Quando o uso de uma palavra se torna frequente, é sinal de que pode ser a hora de dicionarizá-la. A ideia de que é preciso aportuguesar os vocábulos estrangeiros, segundo os especialistas, está ultrapassada. O que determina o aportuguesamento ou não de palavras estrangeiras é a forma como a população se familiariza com elas. De acordo com a lexicógrafa Thereza Possoli, da equipe do dicionário Larousse, alguns vocábulos, graças à semelhança com a morfologia e a fonética brasileiras, são adaptados para o idioma com naturalidade. É o caso de blecaute, ateliê, quiosque e surfe. Outros termos mantêm a forma do idioma original, como marketing, design e réveillon. Há palavras aportuguesadas que figuram no dicionário, mas não vingam no dia a dia, como esqueite (skate) e leiaute (layout). "Nem sempre optamos pelo aportuguesamento, pois o uso do vocábulo em sua língua original se mostra preponderante", explica Renata Menezes, da equipe do Aurélio.
A multiplicação das palavras estrangeiras no português pode apavorar os puristas do idioma, como o deputado Aldo Rebelo, cuja luta para proibir os estrangeirismos no país já se tornou folclórica. Para estes, o exemplo a ser seguido é o de Portugal, que tenta traduzir tudo para a língua nativa – o mouse do computador, por exemplo, é chamado de rato. Os grandes linguistas brasileiros, contudo, concordam que os termos estrangeiros servem para enriquecer o idioma, não para prejudicá-lo. "Se o estrangeirismo fosse nocivo, a própria língua trataria de expulsá-lo", pondera o gramático Evanildo Bechara, da Academia Brasileira de Letras.
A história mostra que é da natureza dos idiomas incorporar vocábulos estrangeiros e que, nesse processo, eles evoluem. Na Idade Média, a língua portuguesa contava com apenas 15 000 palavras. Hoje, são mais de 400 000, muitas delas importadas, através dos séculos, do árabe, do italiano, do francês e do inglês. O linguista americano Noah Webster (1758-1843), considerado "o pai da educação" em seu país, costumava lembrar que o idioma vive e pulsa no dia a dia da população, e não nos gabinetes dos intelectuais. Dizia ele: "A língua não é uma construção abstrata dos sábios, ou dos dicionaristas. Ela nasce do trabalho, das necessidades, das relações humanas, das alegrias, afeições e experiências de muitas gerações". O termo alemão kirsch, que derrubou o estudante Daniel Coutinho na TV, poderá um dia soar natural para seus filhos.
(Fonte: Nataly Costa, Revista Veja (21/04/2010)

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Retificação: UNIMONTES divulga livros para o Paes/2010

Primeira Etapa:
  1. Sermões escolhidos, de Padre Antônio Vieira: Sermão do Bom Ladrão e Sermão Sobre os Peixes.
  2. Poemas Escolhidos, de Cláudio Manuel da Costa
  3. Romances de Cordel, de Ferreira Gullar
  4. O Santo e a Porca, de Ariano Suassuna
Segunda Etapa:
  1. Melhores Poemas, de Gonçalves Dias
  2. Casa Velha, de Machado de Assis
  3. Crônicas Selecionadas, de Machado de Assis
  4. Dias e Dias, de Ana Miranda
Terceira Etapa:
  1. Solombra, de Cecília Meireles
  2. Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues
  3. Mar Morto, de Jorge Amado
  4. Dois Irmãos, de Milton Hatoum
  5. Parangolivro, de Aroldo Pereira
(Fonte: http://www.montesclaros.com/mural/ Mensagem: 57311)

Peço desculpas aos meus leitores por divulgar incorretamente livros do Paes. 

quinta-feira, 15 de abril de 2010

MAÍRA

Gente, outro dia enviei um e-mail para a minha querida sobrinha Maíra. Um slide. Ele está postado logo abaixo: Balada para outras Isabelas. Minha surpresa veio com a resposta dela, tão madura para sua pouca idade. Transcrevo-a aqui, na íntegra, sem correções, portando erros comuns a idade dela para que vocês possam ver como casos como esse da Isabela Nardoni pode chocar até uma criança. Pensamos, às vezes, que elas não entendem, mas nos enganamos.

"Tia Elisângela,

 Eu chorei ao ler esta mensagem,eu morro de pena da mãe da Isabela eu tenho certeza que um dia o pai dela vai se arrepender do que  fez com a propia filha.Eu espero que a Isabela tenha sido um exemplo de menina pois está por todo mundo comentarios sobre ela, não é só por isso e tambem pois  o pai dela fez o que não devia ela está lá no ceú quando  deveria estar aqui no dia ... completando 8 aninhos.Agradeço pela mensagem e espero te ver mais veses.

Tchauzinho! Maíra"



Vejam o slide e reflitam. Ele é realmente sensacional!




Maíra
Como é linda e inteligente!!

Balada para outras Isabelas.


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NOTÍCIA URGENTE


Servidores públicos de Minas não pagarão mais a contribuição do Ipsemg, definida como ilegal pelo STF
O Supremo Tribunal Federal considerou inconstitucional e os servidores públicos estaduais não terão mais de pagar a contribuição compulsória de 3,2% no contracheque para custear assistência médica, hospitalar e odontológica prestada pelo Ipsemg. A decisão do STF foi unânime. A cobrança era imposta ao servidor mesmo que ele não utilizasse o plano de saúde do Ipsemg. Para os ministros do STF, uma contribuição dessa espécie só seria admissível se fosse voluntária. Cerca de 400 mil servidores estão inscritos no Ipsemg, entre ativos, aposentados e pensionistas, o que rende ao caixa estadual 14 milhões de reais por mês. O regime próprio de Previdência e a cobrança compulsória foram instituídos em 2002. Desde então, vários servidores conseguiram a suspensão do pagamento com ações no Tribunal de Justiça de Minas.

LINGUAGENS: O que é BORDÃO?

Bordão é uma expressão geralmente usada por alguém, sempre em uma determinada situação. Na televisão ou no meio artístico, serve para facilitar a identificação de diversos personagens no meio humorístico. Quem não conhece um bordão ou já não pegou o hábito de repetí-lo? 


Quem não se lembra na novela Duas Caras o Juvenal Antena repetir sem parar "Êpa, êpa, êpa... muita calma nessa hora!!!


E a Mirella Santos na Fazenda: Ah, tá!


E os Sílvio Santos: ai ai ai, ui ui


São muitos os bordões da televisão brasileira. Se entenderam direitinho o que é BORDÃO, então faça o teste seguinte e descubra se você acerta quem é o dono desses bordões. Clique no link seguinte para fazer o teste: 


http://www.abril.com.br/diversao/quiz-bordoes-atores/

WOMANITY - O elo invisível entre as mulheres


Muito legal o site abaixo. Ele fala das mulheres e de sua visão de mundo. E o mais interessante é que você também pode participar porque é interativo. Entre no link abaixo e descubra-se, mulher.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Jô Soares define o que é ser "Professor"


O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!
É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia".
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.
Não falta ao colégio, é um "Adesivo".
Precisa faltar, é um "turista".
Conversa com os outros professores, está "malhando" nos alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não se sabe impor.
A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as hipóteses do aluno.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a "língua" do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.
O aluno é retido, é perseguição.
O aluno é aprovado, deitou "água-benta".
É! O professor está sempre errado, mas
se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele.


Verdade incontestável: nós, professores, fomos transformados em bode espiatório da incompetência política, da vaidade acadêmica, da irresponsabilidade dos pais, da falta de envolvimento dos alunos e da ideologia dos românticos.






Somos uma saída fácil para uma situação complexa.
Pense nisso!