"Tenha em mente que tudo que você aprende na escola é trabalho de muitas gerações. Receba essa herança, honre-a, acrescente a ela e, um dia, fielmente, deposite-a nas mãos de seus filhos." (Albert Einstein)

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sábado, 20 de fevereiro de 2010

LINGUAGENS: SONHOS, by Clarice Lispector

Sonhe com aquilo que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz. 

As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades
que aparecem em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passaram por suas vidas.

Essa é Bianca, ex-aluna, mas continua muito querida... 
Foi ela que colaborou com esse poema lindo.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O que são CLICHÊS?


Clichês, lugares-comuns, junção de substantivos e adjetivos são um vício de linguagem. São expressões prontas que mostram um forte indício de preguiça mental. Não, não estou dizendo que o Pensador sofra desse mal. Ao contrário, se tem uma coisa que sobra no cantor e compositor é agilidade de raciocínios.


O ponto é que alguém, num determinado momento, utiliza um termo que, na ocasião, gera ao leitor ou ouvinte um agradável susto-de-novidade, e isso é muito positivo. Porém, depois de algum tempo de milhões de repetições o termo acaba virando clichê ("susto-de-novidade"não pode ser encontrado em nenhum dicionário, mas pode virar um clichê se repetido por muitas pessoas por muitas vezes).

Existe até uma anedota sobre o sujeito que foi ver Hamlet pela primeira vez e queixou-se que a peça estava cheia de clichês: "Ser ou não ser, eis a questão."

Outros bem conhecidos e infelizmente ainda muito utilizados são:

"corpo escultural"



"posição privilegiada"
"profissional de mão cheia" (experiente)
"sem dó nem piedade"
"levar ao pé da letra"
"tem espírito de porco"
"meteu os pés pelas mãos"
"colocar o carro na frente dos bois"
"contar com o ovo dentro da galinha"
"mistura explosiva"
"sonora vaia"
"porões da ditadura"
"abrir com chave de ouro"
"começou com o pé diteito"
"luz no fim do túnel"
"no fundo do poço"
"começar do zero"
"pergunta que não quer calar"
"quatro cantos do mundo"
"ente quatro paredes"
"de mão beijada"
"dúvida cruel"
"figura angelical"





Utilizamos o clichê como um atalho, quando estamos com preguiça de pensar ou quando queremos que nosso ouvinte entenda logo o ponto principal. Assim tornamos a linguagem mais rápida e mais coletiva, mas ao mesmo tempo a torna menos criativa e menos pessoal.


Uma dica é: Policie seu uso. O melhor exercício é ler coisas escritas pelos outros e anotar numa folha todos os clichês encontrados. Depois, tentar criar formas alternativas de passar a mesma informação.

Clichê:
"Ele meteu os pés pelas mãos."Podemos dizer:
"Se precipitou em tomar a atitude, o que lhe causou mais problemas."


É isso aí, leitores!
Vamos evitar os clichês e fugir deles como "o Diabo foge da Cruz". (olha o clichê!)


(Fonte: Blog de Mônica Falsarella)

LINGUAGENS: E tudo mudou...


E tudo mudou...
O rouge virou blush 
O pó-de-arroz virou pó-compacto 
O brilho virou gloss 
O rímel virou máscara incolor 
A Lycra virou stretch 
Anabela virou plataforma 
O corpete virou porta-seios 
Que virou sutiã 
Que virou lib 
Que virou silicone 
A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento 
A escova virou chapinha 
'Problemas de moça' viraram TPM 
Confeti virou MM 
A crise de nervos virou estresse 
A chita virou viscose. 
A purpurina virou gliter 
A brilhantina virou mousse 
Os halteres viraram bomba 
A ergométrica virou spinning 
A tanga virou fio dental 
E o fio dental virou anti-séptico bucal 
Ninguém mais vê... 
Ping-Pong virou Babaloo 
O a-la-carte virou self-service 
A tristeza, depressão 
O espaguete virou Miojo pronto 
A paquera virou pegação 
A gafieira virou dança de salão 
O que era praça virou shopping 
A areia virou ringue 
A caneta virou teclado 
O long play virou CD 
A fita de vídeo é DVD 
O CD já é MP3 
É um filho onde éramos seis 
O álbum de fotos agora é mostrado por email 
O namoro agora é virtual 
A cantada virou torpedo 
E do 'não' não se tem medo 
O break virou street 
O samba, pagode 
O carnaval de rua virou Sapucaí 
O folclore brasileiro, halloween 
O piano agora é teclado, também 
O forró de sanfona ficou eletrônico 
Fortificante não é mais Biotônico 
Bicicleta virou Bike 
Polícia e ladrão virou counter strike 
Folhetins são novelas de TV 
Fauna e flora a desaparecer 
Lobato virou Paulo Coelho 
Caetano virou um chato 
Chico sumiu da FM e TV 
Baby se converteu 
RPM desapareceu 
Elis ressuscitou em Maria Rita ? 
Gal virou fênix 
Raul e Renato, 
Cássia e Cazuza, 
Lennon e Elvis, 
Todos anjos 
Agora só tocam lira... 
A AIDS virou gripe 
A bala antes encontrada agora é perdida 
A violência está coisa maldita! 
A maconha é calmante 
O professor é agora o facilitador 
As lições já não importam mais 
A guerra superou a paz 
E a sociedade ficou incapaz... 
.... De tudo.
Inclusive de notar essas diferenças.
(Luiz Fernando Veríssimo)