"Tenha em mente que tudo que você aprende na escola é trabalho de muitas gerações. Receba essa herança, honre-a, acrescente a ela e, um dia, fielmente, deposite-a nas mãos de seus filhos." (Albert Einstein)

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sexta-feira, 18 de junho de 2010

À Saramago

Queridos visitantes, hoje li a notícia da morte de José Saramago. Fiquei triste. Resolvi então postar aqui a notícia de seu falecimento repentino. Entretanto, antes pensei em minha colega Cibeli Passos, amante de sua literatura não convencional, que me apresentou dois de seus livros. Dois apenas. "Ensaio sobre a cegueira" e as "Intermitências da Morte". E foi com muita surpresa que após a postagem, lendo meus e-mails, encontrei um de Cibeli que descrevia sua dor ou sua forma de despedir-se dele, bem propriamente a seu modo peculiar, econômica nas palavras, embora certeira. Não poderia deixar de transcrever sua mensagem porque descreve bem Saramago em sua essência, despedindo-se da vida como, talvez, um de seus personagens o fariam, num átimo.


"Saramago, meirinho impiedoso das mordaças humanas senis ou pueris.


Permita - me contrariá-lo, meu querido escritor. No envoltório investigativo das andanças humanas, não se permitiu descobrir-se reinvenção divina, aquele que revela, aquele que recria... És um cúmplice desavisado dos desígnios celestiais.
Mas, tens razão, meu bravo contador! Não se pode confiar em Deus! Em seus momentos de extrema ternura, costuma chama para si suas criaturas mais caras. Sua correspondência violeta é sempre entregue... Mesmo na intermitência da carteira entorpecida por um melodioso piano.

Cibeli"

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