Conheça a TRI, método de avaliação do Enem capaz de descobrir 'chutes' na prova
Sistema vê se candidato assinalou uma alternativa aleatoriamente ou não
Imagine que você e um amigo acertaram o mesmo número de respostas na prova do Enem. Estão empatados, certo? Provavelmente não. Com a nova metodologia de avaliação do exame, adotada a partir deste ano, é impossível usar o número de acertos para saber a nota.
Essa novidade tem nome estranho, chama-se Teoria de Resposta ao Item (TRI), e é o método escolhido pelo governo para avaliar o resultado do Enem. Trata-se de um sistema capaz de analisar as questões que o estudante respondeu corretamente e dar um peso específico para cada acerto.
As perguntas são divididas em grupos (fáceis, médias e difíceis). As de maior dificuldade garantem mais nota para o aluno.
O novo método tem função semelhante à do tira-teima, usado na televisão para esclarecer lances polêmicos no futebol. Nos jogos, ele permite saber com precisão o lugar de um jogador. A TRI funciona da mesma forma. “Quando contamos só o número de acertos medimos o resultado do aluno por centímetros. Na TRI você consegue medir por milímetros”, compara Tadeu da Ponte, coordenador executivo de vestibular do Insper (ex-Ibmec SP). A instituição é uma das poucas no Brasil a adotar o método de avaliação em suas provas.
DETECTOR DE CHUTES
Na TRI a regra é clara: se o aluno chutou a resposta, a nota diminui. Como eles sabem se você acertou sem querer? Através de estatísticas. Se o aluno errou muitas perguntas fáceis, a chance de ter acertado uma difícil tentando adivinhar a alternativa certa é maior. Logo, pode ter chutado.
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