Nosso cérebro é uma máquina que sempre
pode ser aprimorada.
Conheça técnicas e veja as dicas de
quem manja tudo do assunto
Se o cérebro humano é realmente o
computador mais moderno que existe, alguns estudantes adorariam poder aumentar
a capacidade de memória de seus PCs naturais. Mas, ao contrário do que alguns
vestibulandos imaginam, fazer um upgrade do gênero não é assim tão difícil ou
complicado. Segundo o neurologista Ivan Antonio Izquierdo, coordenador do
Centro de Memória da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
(PUC-RS), “em alguns casos, memória é dom, mas na maioria é treino”.
“A leitura ainda é o melhor exercício
para estimular a memória de um indivíduo. Supera a
prática de outras atividades, como xadrez e palavras-cruzadas, em muito”,
afirma Izquierdo.
Mas não basta simplesmente ler. É
preciso refletir sobre o que está sendo lido. Segundo
especialistas, se o aluno estiver desatento ou distraído, não conseguirá fixar
bem as informações desejadas. “Uma das maiores aliadas da memória é
a atenção. Sem prestar atenção, ninguém memoriza nada”, alerta a
neurocientista Silvia Helena Cardoso, da Universidade de São Paulo (USP).
Para fixar a atenção do aluno sobre o
material que ele deseja memorizar, Silvia recomenda ler em voz alta. E, se
possível, gravar o que está sendo lido para ouvir depois. “Estudos
recentes revelam que a repetição auditiva permanece por mais tempo na memória
do que a imagem visual. Por isso mesmo, ouvir o número de um
telefone ajuda a gravá-lo mais do que simplesmente vê-lo escrito num pedaço de
papel”, observa Silvia Helena.
Além
da técnica de ler em voz alta, há outras igualmente valiosas como grifar os
trechos mais importantes ou estabelecer associações mnemônicas. Uma das mais
famosas é “Minha Vó, Traga Meu Jantar: Sopa, Uva, Nozes e Pão”. As iniciais da
frase relembram o aluno da ordem dos planetas no Sistema Solar: Mercúrio,
Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão.
Para a fonoaudióloga Ana Alvarez, da
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), nenhuma
técnica de , por mais infalível que seja,
trará bons resultados se o aluno for desorganizado: “Se você não tiver
disciplina para estudar, não conseguirá organizar as informações em seu
cérebro. Na hora da prova, quando precisar encontrar uma
informação, vai demorar a localizá-la”.
Autora dos livros Exercite sua Memória, Deu Branco e Cresça e Apareça, Ana Alvarez sugere aos estudantes que aprendam a fazer um resumo da matéria estudada. “Recomendo sempre que, ao final da aula, os alunos façam uma rápida síntese do que aprenderam. É como se fosse a ata resumida de uma reunião importante. Na aula seguinte, antes de retomar a matéria, o aluno deverá reler a síntese da aula anterior”, ensina.
Autora dos livros Exercite sua Memória, Deu Branco e Cresça e Apareça, Ana Alvarez sugere aos estudantes que aprendam a fazer um resumo da matéria estudada. “Recomendo sempre que, ao final da aula, os alunos façam uma rápida síntese do que aprenderam. É como se fosse a ata resumida de uma reunião importante. Na aula seguinte, antes de retomar a matéria, o aluno deverá reler a síntese da aula anterior”, ensina.
Não por acaso, a neurocientista Silva
Helena Cardoso costuma comparar a memória humana a um quebra-cabeça. “A cada
dia, cada um de nós acrescenta uma nova peça ao gigantesco quebra-cabeça
montado em nosso cérebro. Por isso, é importante, sempre que possível,
estabelecer conexões entre o que está sendo aprendido e o conhecimento já
armazenado em nossa mente”, conclui.
(Fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br/vestibular/noticias/aprenda-memorizar-mais-melhor-575251.shtml)
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